Fundadoras do projeto:
Suzi Sobral
Cristiane Francisco dos Santos Mello
Nós somos um grupo dedicado a uma causa incrível: acolher pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e CC (Comprometimento Cognitivo). É só para as crianças? Não, pois nosso intuito é abranger além das crianças, também adultos, idosos e jovens que talvez ainda não tenham sido diagnosticados.
Oque achou?
Abaixo, há mais detalhes sobre o nosso Projeto, para você ficar por dentro.
Venha fazer a diferença conosco!
PROJETO AMIGOS
VISÃO – Acolhimento e interação sem uma perspectiva terapêutica mas de vivência e experiências com a vida.
MISSÃO – Desenvolver um acolhimento empático através de atividades, que não tenha conexão com terapia, com o intuito de que as experiências empíricas possam evidenciar um desenvolvimento relacional de melhor percepção com vida.
OBJETIVO
Desenvolver um projeto que atenda em todas as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e Comprometimento cognitivo (CC).
RESPONSÁVEIS PELO PROJETO
Pais, mães filhos, tios,... e qualquer pessoa com predisposição e interesse em promover, trabalhar e desenvolver atividades de encontro e interação dos mais diversos grupos.
SUAS NECESSIDADES – O QUE PRECISAM?
Formem grupos de interação social;
Nós somos seres sociais em todo aspecto de interação relacional. Isso é um fato! Entretanto, para as pessoas com espectro autista (TEA) e ou comprometimento cognitivo (CC) a interação social pode ser um pouco mais difícil. Isso se dá pelas alterações que o transtorno e limitações causam.
Contudo, algumas atitudes ajudam a deixar os ambientes mais acolhedores para todos. Um jeito de tornar a nossa sociedade mais inclusiva e respeitosa com as diferenças.
Para criar um mundo mais acolhedor e respeitoso para pessoas TEA e CC , é preciso compreender o processo de interação social dessas pessoas e entender que o funcionamento neurológico que afeta as funções de ensino e aprendizagem, ocorre de forma diferente.
A construção de uma sociedade inclusiva requer divulgação científica e propostas de leis específicas para melhorar a saúde e qualidade de vida de quem possui o transtorno. Mas também pode começar por nós e incluir a empatia em todos os níveis de relacionamento social, e nosso projeto propõe dentre o conhecimento e divulgação, promover a interação dos mais diversos grupos e suas respectivas faixas etárias para com as pessoas com TEA e CC.
Inclusão e aceitação em locais públicos;
A interação social tem um papel importante no desenvolvimento humano. Muitas habilidades cognitivas se completam na infância, e no caso do TEA e CC ao longo de toda a vida, para facilitar o aprimoramento e o desenvolvimento como um todo, o convívio e o compartilhamento de experiências são fundamentais.
Sentir úteis em suas interações (Pertencimento);
Para que o desenvolvimento e interação ser a mais efetivo, é importante ter atenção aos interesses da pessoa com TEA e CC Conhecer o que ela gosta e participar junto, narrar seus gestos de forma lúdica ao brincar ou ajudar nas atividades contribui no processo de evolução.
Assim, até os momentos de brincadeira podem contribuir e serem prazerosos no sistema de ensino-aprendizagem, o que certamente trará o sentimento de pertencimento, qualquer que seja a interação haverá assimilação e retorno dessa interação, o sentimento de pertencimento será nutrido, motivando ainda mais a pessoa com TEA e CC a se socializar.
Recebam acolhimento espontâneo, com receptividade mútua;
É necessário preparar as pessoas para que tenham um acolhimento espontâneo e não forçado, afinal o projeto não visa trazer uma obrigatoriedade, mas conscientização das necessidades de outras pessoas que já possuem suas dificuldades diárias. Neste caso o não preparo pode causar uma receptividade não adequada dentro do que se espera. As pessoas com TEA e CC já possuem limitações e não precisam que se sintam mais limitadas por interagir com um grupo que não esteja preparado para essa receptividade.
Troca de experiências com outros (Partilha);
Não de forma terapêutica, mas de forma espontânea a partilha de experiências de vida são essenciais para o processo de interação, a ideia aqui é a busca de interação através do diálogo simples de nosso cotidiano, a grande maioria das pessoas acreditam não possuir expertise para um diálogo dom pessoas com TEA e CC, se esquecendo de que nosso processo de formação e interação depende única e exclusivamente de uma tratativa de assuntos pertinentes ao nosso cotidiano. É importante ressaltar que os profissionais da saúde é que precisam utilizar abordagens e estímulos voltados para as necessidades das pessoas com TEA e CC, para uma partilha de experiências em uma roda de conversa, não precisa deste preparo, uma vez que a intenção é apenas tratar de assuntos que façam parte de nosso cotidiano.
Desenvolverem atividades em que eles se sintam importantes;
A necessidade humana de sentir-se importante é mais forte do que necessidades fisiológicas como a de alimentar-se, por exemplo, uma vez que após nos alimentarmos deixamos de sentir fome.
A necessidade de ser valorizado é mais forte do que a de receber amor, pois esta também pode ser satisfeita e é bem mais forte do que a própria necessidade de segurança e estando a pessoa segura isso deixa de ser um problema.
Sentir-se importante é uma necessidade que nasce e morre conosco e é, sem dúvida, uma das principais características que distinguem o ser humano dos demais seres existentes na face da Terra. Neste caso o desenvolvimento interativo voltado para esta finalidade será essencial para que as pessoas com TEA e CC tenham um aumento de sua autoestima, uma vez que o isolamento só promove a baixa autoestima.
Apoio psicológico;
Dentro das interações já consideramos ocorrer o apoio psicológico, nesse item não estamos propondo o apoio profissional, uma vez que a família já promove tal acesso, mas sim a proposta é apoio psicológico pelas interações e convivência, através de atividades, encontros. A proposta não é promover encontros específicos de pessoas com TEA e CC, porém inseri-las em atividades para que se sintam emocionalmente acolhidas e pertencentes ao ciclo relacional nas atividades de nossas comunidades e em atividades associacional.
Serem ouvidos em seus desejos e necessidades;
Pensamos nesse ponta dar propriedade para a escuta, certamente o ambiente familiar é o mais propício para a escuta uma vez que estão diretamente comprometidos com essa necessidade, porém uma vez que o quadro hoje apresentam um aumento de pessoas com TEA e CC, faz-se necessário se importar com a opinião, os desejos e necessidades das pessoas com TEA e CC. Há uma busca por inclusão sempre por parte da família, porém entendemos ser necessário, buscar compreender também o desejo das pessoas com TEA e CC de se relacionarem com as atividades propostas.
NECESSIDADE – FAMILIARES
Apoio aos familiares em especial mães (grupos);
Quando uma mulher se torna mãe ou um homem se torna pai muitos deles passam a viver para os filhos e acabam deixando seus sonhos em segundo plano. Com mães e pais de crianças atípicas se intensifica ainda mais. Muitas dessas pessoas estão exaustas e não sabem nem como pedir ajuda para o que gostariam que fosse óbvio mas não é, até porque não há clareza daquilo que necessitam.
Para apoiar as mães e pais atípicos em seu direito de sonhar, é importante oferecer recursos e apoio adequados. Isso pode incluir apoio para um tempo de respiro para que possam ter tempo livre para si mesmos, Importante oferecer terapia e grupos de apoio para lidar com o estresse e a ansiedade associados ao cuidado de uma criança atípica.
Como associação, podemos oferecer suporte emocional aos pais e mães atípicas. Eles precisam de um espaço seguro para compartilhar suas preocupações e desafios, bem como celebrar suas vitórias e conquistas.
Apoio psicológico para a família;
Buscar apoio psicológico em profissionais da área que se voluntariem para acompanhar, instruir e direcionar os familiares junto aos seus filhos. Vale ressaltar que muitas pessoas que possuem suas necessidades limitadas, têm á sua disposição, psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos, medicações etc. Porém o cuidador muitas vezes tem apenas a responsabilidade e o cansaço na busca por prover o devido cuidado e ou buscar junto aos órgãos governamentais o acesso para o tratamento de seus filhos, sobrando para eles apenas as obrigações e nenhum apoio.
Que eles desenvolvam autonomia na ausência do cuidador;
Talvez essa seja a maior de todas as preocupações dos familiares, e imaginamos sempre aquele pensamento “Na minha ausência quem irá cuidar?” é um consenso de todo pai e mãe essa preocupação, a ideia do projeto é buscar o máximo de informação e interação possível para que essa preocupação não se perpetue gerando angústia na vida daqueles que cuidam de seus filhos. Acreditamos que este seja talvez a principal preocupação e certamente a motivadora de todo esse arrazoado deste grupo de trabalho, certamente ainda um ambiente inóspito ainda a ser garimpado, porém cremos que esse pontapé, auxiliará no desenvolvimento de ações que possam promover políticas públicas voltadas para essa necessidade.
O QUE O PROJETO ESPERA EM RELAÇÃO A ATITUDES DOS TERCEIROS
Mudança de discurso para a prática (inclusão);
Apesar de pensar em Inclusão como um termo técnico que define o ato ou o efeito de incluir. Desse modo, se caracteriza por incluir coisas ou pessoas em grupos dos quais essas anteriormente não participavam. Do ponto de vista social, a inclusão é a busca pela igualdade, garantindo que todas as pessoas que fazem parte de uma sociedade integrem e participem de várias dimensões do seu ambiente, mas sem que haja discriminação ali, com todos sendo vistos de um mesmo modo. A inclusão é algo que se encontra na Declaração Universal de Direitos Humanos e na Constituição Federal de 1988.
Busca dos direitos junto aos governos, municipal, estadual e federal;
A busca pelos direitos é um processo que tenta garantir que todos tenham acesso à educação, que dissemina que esse seria um direito de todas as pessoas, gerando igualdade nas oportunidades, o que compreende diversidades culturais, étnicas, sociais, físicas, sensoriais, intelectuais, entre outras que são próprias dos seres humanos.
E para que essa inclusão aconteça, faz-se necessário transformar as políticas atuais e a cultura também. Há muitos direitos que não são apresentados de forma clara àqueles que o possuem. Nosso projeto tem como objetivo a busca pela informação, bem como a veiculação e divulgação em redes de apoio, gerando a mutualidade da informação para inserir as pessoas atípicas em projetos por direito desenvolvidos pelo estado, bem como em programas sociais disponibilizados por este, porém com baixo acesso por falta de informação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem dúvidas nenhuma o desafio é gigantesco, uma vez que não temos uma projeto denominacional visando essa necessidade, bem como até a elaboração deste diante dos encontros e pesquisa, encontrar algo desenvolvido por alguma comunidade, é um assunto isolado ainda porém precisa de certa forma ter um pontapé inicial de forma normatizadora.
A busca de materiais e conteúdo que atenda a todas as necessidades inicialmente com esclarecimento para todas as faixas etárias será um grande desafio, afinal não visamos uma idade específica.
A utilização de mídia, como forma de divulgar, profissionais conscientes e habilitados e o envolvimento dos órgãos competentes certamente dará corpo a esse projeto, bem como a interação daqueles que o querem ver nascer e florescer em nossa denominação, afinal não são apenas os quadros já instalados hoje que devem ser o foco de nossa atenção uma vez que dado o quadro crescente de patologias é possível que esse projeto já desenvolva uma conscientização de irmãos e familiares de um possível quadro dentro do nosso ambiente familiar, uma vez que ninguém está livre de receber uma vida atípica que necessite de cuidados, socialização e atenção especial.
Que o Senhor abençoe ricamente o projeto que nasceu no coração desde grupo de trabalho e que este possa mesmo de forma inicial, render frutos e ser uma referência a tantos que ainda não pararam para reconhecer uma necessidade tão atual e de realidade para muitos.